Bronze em Paris, Augusto Akio recebe carinho de fãs em Curitiba
Os skatistas curitibanos Augusto Akio, o Japinha, bronze na Olimpíada de Paris na modalidade skate park, e Luigi Cini, bolsista do programa do Governo do Estado Geração Olímpica e Paralímpica (GOP) que ficou no sétimo lugar nos Jogos, estiveram no último dia 14 na pista de skate do Ginásio Tarumã, na capital paranaense, para comemorar a conquista. O secretário estadual do Esporte do Paraná, Helio Wirbiski, também recepcionou os atletas.
Com cartinhas na mão para entregar aos ídolos, as crianças que fazem aulas gratuitas no espaço do Governo do Estado também aproveitaram o encontro para pedir autógrafos nos shapes e capacetes e posaram para fotos com os dois skatistas. Atualmente, 40 pessoas, principalmente crianças, aprendem skate na pista, mas há 80 vagas disponíveis para utilizar o local para as aulas.
“Eu fico muito feliz, é uma realização enorme saber que eu sou uma inspiração para muitas crianças e jovens. A mensagem que eu tenho para eles é que façam aquilo que se sentem bem, independente se for andando de skate, escrevendo um texto ou compondo uma música”, disse Augusto. “É uma sensação muito boa voltar para casa com medalha, ela traz uma certa responsabilidade e atrai muita atenção”, complementou.
Família – Quem também acompanhou a visita dos skatistas na pista foram o pai e o avô do medalhista Japinha. Imigrante japonês, o avô do atleta, Fumio Takahashi, é acupunturista, já atendeu atletas como Ronaldinho Gaúcho e Lionel Messi e ajudou o neto na preparação para Paris, após uma lesão colocar em risco a medalha.
“Ele machucou o tornozelo, e eu tinha muito medo de não conseguir terminar o tratamento, mas dois dias antes de embarcar já estava bom. Por segurança, fiz acupuntura no último dia e ele ficou bom”, contou Takahashi. “Já atendi muitos jogadores de futebol, muitos atletas, mas tenho 86 anos e já não viajo mais para fazer os tratamentos. Mas o neto é minha fortuna, ele é o diamante da minha vida, eu não posso deixar de tratá-lo”.
O pai de Augusto, Altamiro Alves dos Santos, falou sobre a emoção de acompanhar o filho na final olímpica. “Eu assisti de longe, pela televisão, e a forma que a medalha foi conquistada foi muito emocionante, porque ele acertou a última volta. Então eu falo para os meus amigos que se não enfartei dessa vez, não enfarto mais”, disse.
Ele conta que no início da carreira do filho, que começou a praticar skate com seis anos de idade, a família precisava viajar para outros lugares para as competições e treinamentos, porque não tinha no Estado as pistas das modalidades que ele praticava.
“No início tivemos que construir pistas, eu mesmo construí um half park no quintal de casa, e os amigos também. Mas é muito interessante ver esta pista, porque o poder público está incentivando. E o mais importante, é uma pista de qualidade. É gratificante ver que dinheiro público está tendo uma boa destinação e está proporcionando o surgimento de atletas”, afirmou.
(Da Agência Estadual de Notícias)