Com Copa do Mundo, CBBS busca ‘alavancar’ modalidade no país

Seleção Brasileira busca vaga para a final da Copa do Mundo, que acontece em 2025, nos EUA (Foto: WBSC)

Com a realização do Grupo “A” da Copa do Mundo de Softbol Feminino Sub18 no Estádio Municipal de Beisebol Mie Nishi, no Bom Retiro, a Confederação Brasileira de Beisebol e Softbol busca muito mais que uma das duas tão sonhadas vagas para a fase final, que acontece  no próximo ano, em Dallas, nos Estados Unidos.

Além da Seleção Brasileira, a chave conta ainda com China Taipei, Colômbia, Grã Bretanha, Nova Zelândia e República Tcheca. Organizada pela WBSC (World Baseball Softball Confederation), a competição acontece em outras duas sedes – China e Estados Unidos – também com seis equipes cada. As duas primeiras classificadas de cada grupo, mais os dois melhores terceiros colocados, passam para a fase final.

Os jogos do Grupo A tiveram início nesta terça-feira (23) e prosseguem até este sábado (27), no Estádio Municipal de Beisebol Mie Nishi, no Bom Retiro, que recebeu uma série de melhorias – incluindo a colocação de grama sintética e uma quarta torre de iluminação, além da instalação de um placar eletrônico.

A Prefeitura investiu cerca de R$ 6,3 milhões para a modernização do estádio, que passa a ser o primeiro com gramado sintético.

Orgulhosas olímpicas – Na cerimônia de abertura, realizada na terça-feira (23), o vice-presidente da WBSC, Craig Cress, disse que o Brasil se torna o nono país a sediar a Copa do Mundo. Ele lembrou que este evento tem sido o início da carreira olímpica para muitas atletas, “com Tóquio 2020 sendo um exemplo perfeito”. Segundo o dirigente, das 90 atletas que estiveram na última edição dos Jogos Olímpicos, 46 participaram da Copa do Mundo de Softbol Feminino Sub18 nos estágios iniciais de suas carreiras”.

Ele comentou que que está ansioso para ver “muitas destas jovens jogadoras do torneio aqui no Brasil se tornarem orgulhosas olímpicas em 2028 e além”.

Para o presidente da CBBS, Jorge Otsuka, a realização da Copa do Mundo no Brasil deve dar uma “alavancada” na modalidade. “O softbol brasileiro estava ‘meio esquecido’ e esse ano a gente resolveu dar uma força para equipará-lo com o beisebol, que já conseguiu conquistar uma inédita medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos. Sabemos que é difícil, mas estamos batalhando e com a inauguração do campo, com toda essa infraestrutura colocada, iluminação, placar eletrônico, drenagem e grama sintética eu tenho certeza que vai ser um grande up e tanto para o softbol brasileiro”, explicou Otsuka ao jornal Nippon Já.

Reconhecimento – Para Otsuka, “o softbol não é tão falado no Brasil, mas lá fora a gente ainda tem um certo reconhecimento”. “Aqui no Brasil, nós estamos tentando elevar o nível e massificar para trazer mais praticantes. Hoje nós temos apenas cerca de 500 atletas regularmente federadas. É muito pouco. Por isso, estamos fazendo essa Copa do Mundo, para trazer novas adeptas, ajudantes, todo mundo. Tenho certeza que, com essa compatição aqui no Brasil, vamos ter bastante atletas novas”, explicou Jorge Otsuka.

Autoridades e dirigentes presentes na cerimônia de abertura (Foto: Arquivo / Aldo Shiguti)

Estiveram presentes na cerimônia de abertura o vice-presidente da WBSC, Craig Cress; o presidente da CBBS, Jorge Otsuka; o secretário municipal de Esportes em exercício, Daniel Galdino, o vereador George Hato e o diretor do Escritório Regional de Marília, Walter Ihoshi (representando o secretário estadual de Governo e Relações Institucionais de São Paulo, Gilberto Kassab).

(Aldo Shiguti)

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