Cônsul geral do Japão em SP destaca importância do ensino da língua japonesa

Consulado Geral do Japão em São Paulo promoveu uma confraternização com os professores que participaram do 67º Seminário de Professores de Língua Japonesa (Fotos: Aldo Shiguti)

“Acredito que através do aprendizado de uma língua, uma pessoa pode aprender, ao mesmo tempo, a cultura e o conceito de um determinado país. Nesse sentido, a língua portuguesa e a língua japonesa são bem diferentes, mas através do compartilhar ou tratar de compartilhar esse conceito, é muito importante e seria o melhor jeito para alcançar um nível suficiente para assegurar um grau de comunicação fluido”. A afirmação foi feita pelo cônsul geral do Japão em São Paulo, Toru Shimizu, no dia 18 de julho durante confraternização realizada em sua residência oficial, com os professores de língua japonesa que participaram do 67ª Seminário Brasileiro de Professores de Língua Japonesa, organizado pelo Centro Brasileiro de Língua Japonesa (CBLJ) nos dias 18, 19 e 20 de julho, em São Paulo.

Com intuito de incentivar os professores de língua japonesa de todo o Brasil, o encontro contou com a participação do representante chefe do Escritório da Jica Brasil, Akihiro Miyazaki e da assessora da Presidência da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE) – órgão ligado à Secretarial Estadual da Educação –, Simone Telles, além do presidente do CBLJ, Noritaka Yano. Participaram cerca de 45 professores, entre eles alguns voluntários enviados pela Jica.

Ambição – O cônsul agradeceu, “de coração”, a contribuição e dedicação dos professores “por ensinar os alunos para que eles tenham algum conceito elevado sobre todo o Japão”. E colocou o Consulado, bem como os demais órgãos governamentais, à disposição.

Simone Telles explicou que a Secretaria da Educação está buscando uma parceria “muito sólida com o Japão, porque nós temos objetivos ambiciosos”. A FDE é responsável por viabilizar a execução das políticas educacionais definidas pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, implantando e gerindo programas, projetos e ações destinadas a garantir o bom funcionamento, o crescimento e o aprimoramento da rede pública estadual de ensino.

E, para Simone Telles, “nada melhor para atingir um objetivo ambicioso do que você procurar um parceiro”. “Um parceiro que tem a qualidade e que tem todo o desempenho na área educacional, não só na área educacional como na área de tecnologia”, explicou Simone, acrescentando que “hoje nós pensamos em várias possibilidades”.

“Quando pensamos em intercâmbio – eu também sou professora de línguas –  a primeira coisa que vem à minha cabeça é o nosso papel, principalmente de vocês professores. Nós somos as pessoas que de fato temos a possibilidade de abrir as portas para os alunos brasileiros e também para os alunos japoneses que aprendem português para que a gente possa ter um acesso, que é um acesso importantíssimo, que é um acesso à cultura. E a gente só consegue uma transformação linguística, uma transformação metodológica e uma transformação educacional quando as duas culturas conseguem buscar objetivos comuns e conseguem entender e extrair o melhor de cada uma delas”, frisou Simone.

Akihiro Miyazaki explicou que a Jica vem enviando voluntários que atuam como professores de língua japonesa em todo o Brasil e desejou que a língua japonesa continue fazendo parte da história do Brasil. No dia, estavam presentes voluntários da agência japonesa que atuam Bastos, Piedade, Colônia Pinhal, Araçatuba, Suzano e  Indaiatuba.

Por fim, Noritaka Yano agradeceu o apoio do governo japonês através da Jica e da Fundação Japão e lembrou que todos os anos cerca de 4 mil pessoas estão prestam exame de proficiência” e que “ouviu dizer” que, no mundo, são aproximadamente 1mi de pessoas. “Até alguns anos atrás eram 500 mil pessoas e o Brasil representava 1% desse total. Hoje não chega nem a 0,5%”, disse Yano, que espera que o país volte a ter o mesmo desempenho de antes.

(Aldo Shiguti)

 

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