Erika Tamura – A visita de Biden ao Japão

 

Como noticiado em todas as mídias, o presidente norte-americano Joe Biden, esteve recentemente, em visita ao Japão.

Kishida, o premiê japonês, por sua vez fez as honras da casa, recebeu a comitiva presidencial norte-americana, com as pompas e formalidades que o evento impõe.

Todas as visitas de um presidente norte-americano ao Japão, é um acontecimento onde todos ficam em alerta, pois desse encontro pode sair decisões e atitudes homéricas. Como por exemplo, quando Obama visitou Hiroshima, sendo a primeira vez que um presidente norte-americano visita uma das cidades atingidas pela bomba atômica, depois da guerra.

E dessa vez não foi diferente, Biden abordou o assunto sobre Taiwan em seu encontro no Japão.

A única pergunta que me vem à cabeça é: por quê?

Por que tocar nesse assunto delicado dentro do território japonês, em um encontro com o primeiro-ministro do Japão?

Sigo inconformada com isso.

Para quem não está entendendo, eu explico: existe um conflito com a China e Taiwan, onde Taiwan teme pela invasão chinesa, assim como a Rússia fez com a Ucrânia.

Nesse período, depois da invasão da Ucrânia pela Rússia, a China (aliada da Rússia) tem ganhado forças e coragem para invadir Taiwan. Os Estados Unidos é contra a atitude chinesa e tem demonstrado apoio à Taiwan.

O Japão, apesar de ser contra a invasão de Taiwan, tem se posicionado de forma neutra, mesmo porque não quer se indispor com a China.

E daí o que acontece? Biden vai ao Japão e começa a falar sobre esse assunto, criando uma saia justa neste encontro, o que tornou o momento tenso para o início de um conflito.

A consequência disso? Aviões russos e chineses começaram a sobrevoar a fronteira do território japonês. Não sei o que pode significar, mas eu encaro como uma ameaça. Ou simplesmente um sinal de alerta: fica na sua!

Tudo isso é um resumo a grosso modo que fiz, de forma bem simples, pois se eu fosse detalhar, ficaria longo e cansativo.

O que quero dizer é que os Estados Unidos parece adorar crias conflitos fora de seus territórios. Podem analisar, sempre foi assim…

Só posso agradecer pelo fato de que o primeiro ministro do Japão seja o Kishida. Nacionalista nato, irá sempre primar pela sua nação.

E de pensar que na época da escolha do primeiro ministro japonês, pensei que o melhor seria o Kono. Hoje percebo o equívoco. Kono é defensor ferrenho de Taiwan, e se fosse o primeiro-ministro do Japão, os momentos de conflitos poderia estar mais próximos. Não sei, sou somente uma residente no Japão falando sobre o meu ponto de vista totalmente leigo.

Kishida e o seu patriotismo, podem no momento, ser um diferencial de paz no Japão.

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