14ª Grande Exposição de Artes Bunkyo prossegue até o dia 20 deste mês

“Promover exposições de artes plásticas e arte koguei é uma tradição anual de nossa entidade há muitos anos. Trata-se de um evento que exige um demorado processo de preparativos que envolve desde a captação de recursos, inscrição e seleção dos participantes, a escolha dos juízes, processo de escolha de obras premiadas, montagem complexa e delicada das obras confiada a nós. Hoje, ao nos reunirmos para esta cerimônia, significa que vencemos todas estas etapas e, agora, é chegada a hora de festejar o sucesso de nossa empreitada e parabenizar os premiados”. Assim, Renato Ishikawa, presidente do Bunkyo – Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social – ilustrou, em seu discurso na cerimônia de abertura realizada no último dia 5, o empenho das Comissões de Artes Plásticas e Arte Koguei da entidade para a realização da 14ª Grande Exposição de Arte Bunkyo, evento que sofreu uma interrupção de dois anos por conta da pandemia.

“Os senhores poderão constatar que os esforços foram recompesados. Temos uma exposição com o maior alto nível técnico, com obras diversificadas e participantes de várias localidades”, prosseguiu Ishikawa, que lamentou apenas o fato de a cerimônia de abertura ser restrita a um número limitado de convidados por determinação das autoridades sanitárias.

Na oportunidade, o presidente do Bunkyo agradeceu o apoio da Jica (Japan International Cooperation Agency), que destinou recursos para a realização da exposição – que prossegue aberta ao público no Espaço Cultural Bunkyo até o dia 20 deste mês –bem como os patrocinadores: Fundação Kunito Miyasaka, Café Fazenda Aliança e Honda, além das empresas apoiadoras.

Representante chefe do Escritório da Jica Brasil, Masayuki Eguchi disse que, “particularmente, estava muito ansioso para ver as obras de perto”. “Acredito que a arte é uma fonte de conforto e força para quem a observa. Nas obras de arte são expressas muitas emoções como alegria, tristeza, ansiedade, raiva, gratidão, etc. Mesmo que o observador não compreenda exatamente qual sentimento ou qual seria a intenção  do artista ao criar a obra, só de ter a sua imaginação estimulada, já estará desfrutando de um valioso momento”, destacou Eguchi, acrescentando ainda que um de seus programas de tevê favorito é o “Sem Arte, Sem Vida”, um documentário de apenas cinco minutos no qual são apresentadas atividades artísticas criativas feitas por pessoas portadoras de necessidades especiais.

 

Tora – “O slogan do programa é ‘Artistas que continuam a criar obras de arte que ninguém mais pode imitar, sem serem influenciados pela arte, tendência ou educação existentes. Não perca o momento em que nasce uma obra de arte única’”, observou Eguchi, explicando que, “além da força de preservar as tradições, a arte também tem poder de quebrar barreiras para deixar a criatividade fluir”.

Por fim, Masayuki Eguchi lembrou que 2022 é o ano do tigre e que, à equipe da Jica disse que tigre em japonês significa ‘tora’. “Portanto, vamos buscar novos desafios. Não se prenda às experiências passadas (zenrei ni tora-wareruna). Desafia… Try, try, try!”, finalizou Eguchi, que solicitou a todos os artistas para que continuem a criar “obras maravilhosas e que busquem novos desafios para as suas criações nestes tempos de covid e pós-covid”.

Convidados de Honra – Presidente da Comissão de Arte Koguei, Olga Ishida lembrou que a exposição foi realizada em um tempo bastante curto e ressaltou o apoio da Jica, de colaboradores e membros das duas comissões, além de empresas e diretores do Bunkyo. Olga também chamou a atenção para as obras de sumiê do embaixador do Japão, Teiji Hayashi, e de seu mestre, Ransui Yakata, que participam da exposição como Convidados de Honra da Comissão de Arte Koguei.

 

Aprendizado – Segundo Marcos Akasaki, presidente da Comissão de Artes Plásticas, para ele foi um ano de “aprendizado” e de “experiência” que o ajudou a conhecer melhor como se organiza um salão, uma vez que “conhecia como participante” e não como gestor cultural”. Ele afirmou que a realização da 14ª edição não é mérito de apenas uma ou duas pessoas, mas da união de várias pessoas e do apoio imprescindível da Jica, Honda e Fundação Kunito Miyasaka.

Apoio que, segundo ele, permitiu um cuidado visual maior ao salão. “Não que este ano tenha sido mais fácil que os outros, mas procuramos dar um olhar mais contemporâneo”, explicou Marcos Akasaki, que enfatizou a importância de eventos como a Grande Exposição de Arte Bunkyo, que serve parta “alimentar a alma do artista e incentivar para que as pessoas produzam”.

Após os discursos,  foi realizada a cerimônia de premiação e prestadas homenagens a Kazuo Wakabayashi, que faleceu em 2021 e durante muito tempo fez parte da Comissão de Artes Plásticas, e Satiko Sakai.  Vencedora do Prêmio Arte Contemporânea, a  multiartista pernambucana Ana Giselle, que dá vida à Transalien, fez uma performance para os visitantes. O brinde foi conduzido por Masayuki Eguchi.

 

14ª Grande Exposição de Arte Bunkyo

Onde: Espaço Cultural Bunkyo (entrada pela Rua Galvão Bueno, 596 – Liberdade SP).

Visitação: é obrigatório apresentar comprovante de vacinação contra Covid-19 (2 doses ou dose única). Uso obrigatório de máscara durante a visita.

Quando: Até 20 de fevereiro

Horário: Segunda a sexta-feira, das 12h às 17h / sábado e domingo, das 10h às 17h (último dia até as 15h)

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