Hugo Teruya toma posse como presidente da JCI Brasil-Japão para gestão 2023
A JCI Brasil-Japão Câmara Júnior, uma organização sem fins lucrativos de jovens cidadãos ativos entre as idades de 18 a 40 anos que tem como objetivo contribuir para o progresso da comunidade mundial, realizou na noite de terça-feira (13), no Salão Nobre do Edifício Bunkyo, a Cerimônia de Posse da Gestão 2023, apresentando o novo presidente Hugo Teruya e seu Conselho Diretor e Diretoria, Conselho Fiscal e Conselho Consultivo. Juntamente, foi realizada também a Cerimônia de Distintivação, que oficializa a integração dos novos membros à JCI Brasil-Japão.
O novo presidente é advogado especialista em Direito Civil e Processual Civil. Na comunidade nipo-brasileira atua como voluntário desde 2010, ano em que contribuiu para a retomada da atividade dos jovens como presidente do Seinenkai da Associação Okinawa de Vila Carrão. Em 2020, coordenou o “Bunka Matsuri #emcasa”, primeiro festival japonês transmitido em formato online durante a pandemia. Desde 2021 é secretário-geral do Bunkyo e já ocupou cargos diretivos como vice-presidente executivo, secretário geral e membro do conselho consultivo na JCI Brasil-Japão, coordenando diversos eventos, com destaque para o Fórum de Lins de 2017, primeiro evento realizado com transmissão online simultânea na JCI Brasil-Japão.
A cerimônia foi conduzida pelos apresentadores Willian Goya e Fátima Nakamura, que logo na abertura solicitaram um minuto de silêncio em homenagem a Marcelo Hideshima, falecido no dia 01 de fevereiro.
Várias autoridades políticas, representantes de entidades e de empresas prestigiaram a cerimônia, dentre eles o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social (Bunkyo), Roberto Nishio, o cônsul para assuntos gerais e políticos do Consulado Geral do Japão em São Paulo, Hiroyuki Ide, o presidente da Câmara de Comércio e Indústria Japonesa do Brasil, Yuki Kodera. Os vereadores Aurélio Nomura, George Hato e Rodrigo Hayashi Goulart também fizeram parte do dispositivo.
O vice-presidente Roberto Nishio do Bunkyo, relatou sobre alguns dos projetos de sucesso realizados pela JCI, frisando os impactos positivos para a sociedade por parte da entidade e destacando a atuação do novo presidente na comunidade. “Há dois anos apareceu (referindo-se a Hugo Teruya) timidamente nas reuniões da diretoria, mas hoje toma posse com autoridade e respeito. Posso afirmar que a JCI está em boas mãos e progredirá ainda mais, desejo uma feliz gestão”, disse Nishio.
O presidente da Câmara de Comércio e Indústria Japonesa do Brasil, Yuki Kodera, agradeceu ao novo presidente pelas palavras no shinnenkai realizado em janeiro. A JCI, sendo uma entidade que se tornou independente da Câmara em 1982 e comemorando seu 40º aniversário no ano passado, é um orgulho para Kodera, mencionando que, para ele, a Câmara e a JCI têm uma relação como “pai e filho”. Inspirando-se no provérbio japonês “ko wa kasugai” (“criança é o que une um casal”), qual a palavra “kasugai” refere-se a um tipo de prego que une duas madeiras, Kodera disse que “a JCI e as suas atividades são o que conectam o Japão e o Brasil”.
O cônsul Hiroyuki Ide mencionou que a JCI continuou em ativa mesmo em meio a pandemia, com todos os cuidados necessários, “tendo a sua colaboração imprescindível para a realização do Encontro Internacional de Jovens”. Também não deixou de exaltar os membros da diretoria e conselhos da JCI, “pois são a base para o sucesso e o pleno funcionamento da entidade em todas as gestões”. E manifestou felicidade em poder participar em cerimônias como esta que pode “testemunhar o comprometimento e a formação das jovens lideranças, não apenas da comunidade nikkei como a sociedade brasileira como um todo”. Ide encerrou seu discurso dizendo que a JCI é uma grande parceira do Consulado e que espera continuar trabalhando juntos de uma forma ainda mais estreita.
Em seu discurso de transição, o presidente da gestão 2022, Leandro Iuamoto, fez uma breve retrospectiva de como foi a sua gestão, lembrando que em 2022 ainda existiram consequências da pandemia, desastres naturais como a chuva que acometeu a região de Bahia, crises políticas e econômicas no país e uma guerra no leste europeu que tomou proporções e consequências mundiais. “Diante de um cenário a princípio desastroso, a JCI Brasil-Japão foi capaz de se adaptar a essa nova realidade, realizando projetos presenciais e online, focando em ajudar a comunidade, sempre prezando pela segurança, mas também arriscando e indo além”, comentou Iuamoto. Ainda contou sobre o seu desafio de conciliar todas as atividades profissionais, pessoais e da entidade. Seguindo os ensinamentos passados pelo falecido Marcelo Hideshima, ele conta que “independentemente da proporção, fazendo sempre o meu melhor, faz eu buscar a evolução saindo da minha zona de conforto”. “Honrar o passado é importante, mas novas atitudes são importantes para não extinguirmos. Desejo crescimento ao meu sucessor”, encerrou.
No primeiro discurso como presidente da JCI Brasil-Japão, Hugo Teruya agradeceu primeiramente a sua família e aos seus amigos, destacando os seus pais, que também estiveram presentes na cerimônia. Em seu discurso, já apresentou as premissas que motivarão as ações da sua gestão ao longo de 2023. Como uma delas citou a parceria com escolas nipo-brasileiras, promovendo oportunidades de aprimoramento de qualidade de liderança através do treinamento de oratória e incentivando debates construtivos para estimular a criação de ideias e reflexão de ideais. Também se comprometeu em estreitar ainda mais a relação de confiança com os patrocinadores da JCI, “que são de decisiva importância para garantir a viabilidade financeira dos nossos projetos”. Assim, salientou a contribuição concreta da JCI para a melhoria de seus recursos humanos e uma responsável divulgação de sua marca, seus serviços e produtos. Por fim, Teruya lembrou de uma lição deixada por Marcelo Hideshima. “Façamos o nosso melhor independente do que for. A tarefa mais simples, ou o que for. Sempre o melhor. Que possamos fazer a diferença, que possamos fazer o bem”. E encerrou seu discurso com cumprimento em japonês, “yoroshiku onegaishimasu”.
(Lika Shiroma)