Jardim Maria Estela ganha CDC construído com emenda do vereador Aurélio Nomura
Moradores do Jardim Maria Estela (zona Sul de São Paulo) acabam de ganhar uma nova área para prática de esportes. Localizado no número 251 da Rua Judite Anderson, o espaço conta com um campo de futebol society, pistas de pump track e caminhada, parque infantil e aparelhos de ginástica. Inaugurado no último dia 10 com recursos de emenda parlamentar empenhada pelo vereador Aurélio Nomura, o CDC (Clube da Comunidade) leva o nome do imigrante italiano Cosimo Cataldo.
Estiveram presentes, além do vereador Nomura, representantes da família do homenageado, o secretário municipal adjunto de Esportes e Lazer de São Paulo, Claudio Roberto Barbosa de Souza; o presidente da Associação Área do Verde, Guilherme Zarbinatti que administrará o local em conjunto com a Associação Desportiva Infantil e Saúde Corporal de São Paulo – e o subprefeito do Ipiranga, Adnilson José de Almeida, além de praticantes de surfskate – ou simulador de surfe – da associação Moema’s Beach, e moradores da região.
Representando o secretário Carlos Augusto Vianna, Claudinho de Souza destacou a atuação do vereador Aurélio Nomura enquanto o presidente da Área do Verde, Guilherme Zarbinatti, o Gui, lembrou que nasceu e foi criado no bairro. Morando atualmente em São Caetano, Gui disse que o clube vai beneficiar, principalmente, os jovens e as crianças. “Tenho certeza que a comunidade vai abraçar e cuidar desta área com muito carinho”, afirmou Gui.
Atividades lúdicas – Falando em nome da família Cataldo, Giacinto Cosimo Cataldo explicou que ter o nome do patriarca eternizado em um espaço onde antes era um terreno abandonado, é “impagável”. Vislumbrando um futuro “brilhante” para o CDC, Giacinto elogiou “a beleza e a funcionalidade” do local. “Aqui, as crianças vão poder resgatar aquelas atividades lúdicas que tínhamos na infância. Aqui não tem nem terá wi-fi pois a ideia é fazer com que elas se conectem com a natureza, com a terra a com Deus. Ou seja, enquanto elas estão em busca do metaverso, nós vamos trazê-las para o verso de verdade”, disse Giacinto, acrescentando que, além disso, trata-se do aproveitamento de uma área que estava devoluta e que a qualquer momento poderia ser invadida ou transformada em um lixão.
Impagável – “Toda esta iniciativa e ter o nome do meu pai aqui num lugar como esse é algo impagável. Meu pai deixou um legado de família, de trabalho. Meu pai foi representante da comunidade italiana na Itália, trabalhou pelo hospital, trabalhou pelo plano de saúde, fundou entidades. Só tenho a agradecer, especialmente ao meu amigo e vereador Aurélio Nomura, com quem venho trabalhando e apoiando há muito tempo”, concluiu Giacinto, bastante emocionado.
Vice-presidente da Associação Comercial de São Paulo e coordenador do Comitê de Cidadania da ACSP, Samir Nakhle Khoury disse que “precisou vir uma pessoa da longínqua Eboli [comuna italiana da região da Campania, província de Salerno, na Itália] para nominar um espaço e uma invasão, essa sim, salutar para a comunidade”. “Se todos pensassem desta forma, em invadir de uma maneira natural, de uma maneira espontânea, de uma maneira plural como tanto merece essa comunidade, nós não teríamos esse desalinho que vem assolando a humanidade e em particular São Paulo. A família está de parabéns, mas sobretudo aquele que jamais faleceu e que sempre viverá na nossa memória: o senhor Cosimo Cataldo”, destacou.
Conquista – Para o subprefeito do Ipiranga, Adinilson Almeida, a inauguração do CDC representa “uma grande conquista de todos”. “A começar pelo prefeito Ricardo Nunes, passando pelo vereador Aurélio Nomura, que propôs a emenda, e é uma grande conquista, principalmente, da comunidade local. Um espaço como esse dignifica a área, abre horizontes e atrai crianças para a prática esportivas diversas, não apenas o futebol como também esportes radicais”, disse Almeida, afirmando que “é o tipo de obra que qualquer gestor gosta de inaugurar porque é uma obra pensada exclusivamente para o bem comum da comunidade”.
“Na região do Ipiranga, temos entre 550 e 600 mil habitantes em uma área de 37 km2. São muitos prédios e nem todos tem uma estrutura de condomínio para que os seus moradores pratiquem esportes. Uma área dessa aqui é fundamental para que as pessoas possam vir, fazer piquenique e reunir a família em torno da prática do esporte”, explicou o subprefeito.
Demanda – Autor da emenda que destinou recursos para a viabilização do CDC, Aurélio Nomura disse que foram estudados outros destinos para a área, como a construção de uma escola. “Tivemos dificuldades para encontrar uma solução por conta da configuração do terreno, que é muito íngreme. E como verificamos que havia uma demanda muito grande na região relacionada à prática de esporte e para lazer, começamos a trabalhar na construção de um campo de futebol”, destacou o parlamentar, revelando que existem dois projetos para o local: a criação de uma escola de futebol para as crianças e outra para a prática de surfskate.
Surfskate – Não por acaso, Gustavo, Marcelo e Renato, praticantes de surfskate, não só conferiram como também testaram e aprovaram a nova pista, originalmente projetada para bikes. Apesar de ainda ser desconhecida da grande maioria, segundo eles, a modalidade – que como o próprio nome sugere é uma mistura de skate e surfe – tem conquistado muitos adeptos. Além do CDC, a capital conta somente com outras duas pistas de pump track, o Parque das Bicicletas, em Moema, também na zona Sul, e no Centro de Esportes Radicais, no Bom Retiro, na região central.
O trio aproveitou o sábado de sol para fazer uma pequena demonstração e, se depender de deles, vão dividir democraticamente a nova pista com as bikes e os skates.
(Aldo Shiguti)