Secretária Marta Suplicy recebe comitiva de Seki na sede da Prefeitura de São Paulo

Secretária Municipal Marta Suplicy, vereador Aurélio Nomura e membros da comitiva japonesa

 

A comitiva da cidade japonesa de Seki, integrada pelo prefeito Kenji Ozeki e pelo presidente da Câmara de Seki, Masayoshi Miwa, entre outros, esteve nesta segunda-feira (31 de julho), no Edifício Matarazzo, sede da Prefeitura de São Paulo, no Vale do Anhangabaú (Região Central), onde foi recepcionada pela secretária municipal de Relações Internacionais, Marta Suplicy. O encontro, intermediado pelo vereador Aurélio Nomura, contou ainda com as presenças do presidente da Associação Gifu Kenjinkai do Brasil, Mitsuyoshi Nagaya, e do coordenador de Relações Internacionais da Secretaria Municipal de Relações Internacionais, Rodrigo Massi.

Marta explicou que os japoneses “são muito queridos pela contribuição à cultura” e sugeriu passeios por pontos turísticos da capital paulista, entre eles o Museu Afro Brasil, localizado no Parque do Ibirapuera (zona Sul). A secretária falou sobe a forte influência da cultura africana e, paradoxalmente, explicou que o “racismo estrutural é uma chaga que o país precisa combater”. “Tivemos muitos séculos de escravidão e a população negra, apesar de ser maioria, é a que mais sofre com preconceitos”, disse Marta, acrescentando que a luta contra o racismo é uma das principais preocupações da pasta.

Facas e tesouras – Kenji Ozeki informou que a comitiva de Seki veio ao Brasil para comemorar os 54 anos da assinatura do tratado de cidade-irmã com Mogi das Cruzes. Ele explicou que a cidade de Seki é conhecida mundialmente por sua produção de facas e tesouras e que, futuramente, gostaria de realizar uma exposição para contar a ligação histórica de Seki com a fabricação de espadas samurais.

“Seria um sucesso”, respondeu Marta, acrescentando que São Paulo é uma cidade “muito acolhedora” e que se destaca por sua diversidade. “Em São Paulo se fala 121 línguas e aqui há opções de lazer e gastronomia que nunca fecham”, destacou a secretária, que falou ainda sobre os diversos programas da Prefeitura, como o “Portas Abertas”, que visa ensinar português para imigrantes estangeiros.

Ao término do encontro, o prefeito de Seki agradeceu a visita e disse ter aprendido muito. Ao jornal Nippon Já, Marta Suplicy disse que ficou”muito feliz com as visitas dessas representações das cidades japonesas em visitado São Paulo”.

“A comunidade japonesa aqui em São Paulo é muito forte, muito presente, muito querida e é interessante que os prefeitos dessas cidades tenham agora tido esse interesse e essa presença em nos visitar mais. Esse intercâmbio é muito bom”, disse a secretária, que na semana passada participou, ao lado do prefeito Ricardo Nunes, de uma recepção à comitiva de Naha.

Cara de São Paulo – De acordo com Marta, São Paulo recebe bem todos os povos, “mas o povo japonês aqui é muito querido e a população é uma população que é  muito presente na cidade, tanto nas várias instituições e organizações quanto na na política. Tem representantes em diversos setores. Fora o bairro da Liberdade, que é um bairro japonês muito visitado e que tem a cara de São Paulo. São Paulo não seria São Paulo sem o bairro da Liberdade”, destacou Marta.

Aurélio Nomura destacou a importância desses encontros para estreitar as relações não só entre cidades como também entre os países. “O Japão recebe muitos trabalhadores brasileiros e é importante que as autoridades dos dois países compreendam melhor as necessidades de se buscar alternativas para melhorar a comunicação”, disse Nomura, explicando que “São Paulo é a maior cidade do Japão fora do Japão, a maior cidade libanesa fora do Líbano e assim por diante”. “Aqui é onde os povos do mundo inteiro se encontram. Alguns com mais facilidade outros com mais dificuldade em se adaptar, mas a hospitalidade paulistana ajuda a superar qualquer obstáculo”, destacou o vereador.

(Aldo Shiguti)

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