Clínicas de Gueitebol atraem jovens atletas e geram amizades
Projeto de retenção de atletas praticantes e busca de novos adeptos rendem bons frutos
O ano de 2022 foi de comemoração para a União dos Clubes de Gueitebol do Brasil (UCGB), considerando os 40 anos da fundação, além da realização dos torneios tradicionais e eventos anuais, como a Campanha Solidária, que foram marcados por sucesso. Mas, dentre tantos feitos durante o ano, uma nova iniciativa se destacou: a Clínica de Gueitebol.
Segundo o diretor administrativo da UCGB, Hélio Hiroshi Nakamura, a União criou no início de 2022 uma comissão especial para elaborar um projeto de retenção de atletas praticantes e atrair novos interessados no gueitebol. “A partir de uma pesquisa realizada nos clubes de gueitebol, identificou-se as diversas necessidades dos atletas e uma das demandas era oferecer treinamentos”, explicou Nakamura.
Como resultado de diversas reuniões e da contribuição dos atletas veteranos, conduzida por Thiago Yuiti Yuhara, – diretor de divulgação da UCGB – foi elaborada uma cartilha com metodologia de ensino de gueitebol, unindo a teoria e a prática, dividida em cinco módulos que contemplam as diversas necessidades dos jogadores, desde noções básicas até aulas avançadas de estratégia e arbitragem para os atletas experientes.
A primeira clínica realizada como piloto, em março de 2022, foi marcada um sucesso, atraindo mais de 70 participantes. A partir desta experiência, iniciou-se um tour pelos clubes interessados, passando por Registro (SP), Parapuã (SP), São José dos Campos (SP) e Cascavel (PR). Segundo Nakamura, “mais de 300 praticantes e interessados foram envolvidos nas clínicas”. “Além do aprendizado, as clínicas estão sendo uma importante forma de divulgação”, explica o diretor administrativo.
Para desenvolver uma metodologia que fosse atrativa aos participantes, a comissão recorreu aos clubes associados. “Recebemos muitas sugestões e descobrimos que uma boa forma de engajar os interessados é conciliar a clínica com uma confraternização dos atletas dos clubes e convidados”, comentou Nakamura. E essas sugestões foram colocadas na prática em formato de churrascos, minitorneios amistosos, gincanas e até sorteio de brindes.
Yuhara, que assim como Nakamura participou de todas as clínicas, comenta que já presenciou resultados positivos. “Um dia que eu estava no campo do clube Kyoyu, na Vila Carrão, visitando os amigos de lá, apareceu um atleta de Osvaldo Cruz, que estava passeando por São Paulo e foi lá para brincar com o pessoal”, conta Yuhara sobre as novas relações de amizade e interação social que o gueitebol trouxe para o jovem atleta Leandro Yukio Asakawa, de 12 anos, que participou da clínica em Parapuã.
(Lika Shiroma)