Conhecendo a Doença de Alzheimer (COLUNA ENKYO)

Dr. Ivã Hanashiro, geriatra da Casa de Repouso Suzano (Ipelândia) Divulgação

Conforme envelhecemos, estamos sujeitos a termos mais problemas de saúde, que geram mais desafios nos cuidados e manutenção da saúde e qualidade de vida. Sendo assim, é importante sabermos sobre algumas doenças. Neste artigo iremos falar sobre o Alzheimer, que é uma doença neurodegenerativa que causa deterioração das funções cerebrais como a memória e o raciocínio de forma lenta e progressiva.

Esta doença é a maior causadora de outra muito conhecida: a Demência. Ela atinge cerca de 60 a 80% das pessoas idosas, tem evolução lenta e a sobrevida varia de 8 a 10 anos após o diagnóstico.

A sua causa ainda é desconhecida, mas acredita-se ser geneticamente determinada. Existem vários estudos sendo desenvolvidos e, entre eles, alguns tentam relaciona-lo com questões genéticas, falhas na energia neural, neuro inflamação e doença vascular.

Dentre os principais sinais e sintomas do início da doença a serem observados estão:

• Perda da memória recente;

• Repetição de assuntos ou perguntas repetitivas;

• Dificuldade de acompanhar conversas ou pensamentos complexos;

• Incapacidade de resolver problemas do cotidiano;

• Dificuldade para dirigir e encontrar caminhos conhecidos;

• Dificuldade de encontrar palavras que exprimam ideias ou sentimentos pessoais;

• Irritabilidade, agressividade, interpretações erradas de estímulos visuais e auditivos. Tendência ao isolamento. Depressão.

Pode-se classificar a doença em quatro estágios:

• Estágio 1 (inicial): alterações na memória, na personalidade e nas habilidades visuais e espaciais.

• Estágio 2 (moderada): dificuldade para falar, realizar tarefas simples e coordenar movimentos. Agitação e insônia.

• Estágio 3 (grave): resistência à execução de tarefas diárias.  Incontinência urinária e fecal.  Dificuldade para comer. Deficiência motora progressiva.

• Estágio 4 (terminal): restrição ao leito. Mutismo. Dor ao deglutir. Infecções recorrentes.

A prevenção pode ser realizada com certos hábitos e atitudes como: estudar, ler, pensar, manter a mente sempre ativa; fazer exercícios de aritmética; jogos inteligentes; atividades em grupos; não fumar; não consumir bebidas alcóolicas; ter alimentação saudável e regrada; e fazer atividades físicas regulares.

Lembre-se que o diagnóstico deve ser realizado através de consulta médica. O profissional fará anamnese, exame clínico e neurológico, testes de estado mental, exames laboratoriais e imagenologia cerebral (tomografia, ressonância).

Os tratamentos disponíveis atualmente tratam apenas os sintomas da doença e podem estabilizá-los por algum tempo, mas não impedem a progressão dela. Há também dezenas de terapias e tratamentos farmacológicos com foco em impedir a morte das células cerebrais associadas ao Alzheimer.

É importante também fazer algumas reabilitações cognitivas/neuropsicológicas, como terapia ocupacional, fisioterapia, psicoterapia, musicoterapia, dentre outras, para garantir uma melhor qualidade de vida à pessoa com Alzheimer.

Cuide sempre de sua saúde.

Dr. Ivã Hanashiro, geriatra da Casa de Repouso Suzano (Ipelândia)

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