Pavilhão Agrícola do Akimatsuri terá os melhores produtos hortifrutigranjeiros do Alto Tietê
Itens são cedidos por produtores locais para exposição no festival e depois serão doados para instituições sociais
Produtores do Alto Tietê estarão comercializando diversos produtos a preços mais acessíveis – Divulgação
O agradecimento às boas colheitas foi o ponto de partida para a criação do Festival de Outono Akimatsuri, em 1986. A agricultura está totalmente ligada à cultura e identidade da comunidade nipo-brasileira da região. E, por isso que, quase 40 anos da data de realização do primeiro festival, o Bunkyo de Mogi das Cruzes, organizador do evento, mantém como tradição a exposição de produtos hortifrutigranjeiros colhidos por produtores do Cinturão Verde do Estado de São Paulo, onde faz parte o Alto Tietê.
Além de preservar essa herança cultural, a exposição agrícola é uma boa forma de mostrar os tipos de produtos ofertados pelos produtores locais, a qualidade dos itens e as tecnologias que são utilizadas para o cultivo.
“Além desta questão histórica do Akimatsuri em manter a tradição de agradecer pelas boas colheitas, a exposição tem como objetivo mostrar como a agricultura ainda desempenha um papel fundamental na economia de Mogi das Cruzes e região, contribuindo significativamente para o desenvolvimento socioeconômico e a sustentabilidade do Alto Tietê”, destaca o presidente do Bunkyo de Mogi das Cruzes, Frank Tuda.
Portal de entrada – Dada à sua importância para o festival, o Pavilhão de Exposição Agrícola é o portal de entrada do Akimatsuri. Em uma área de 800 metros quadrados, o setor “recepciona o público” com mais de 500 itens agrícolas típicos da região cedidos pelos agricultores locais. São hortaliças, legumes, frutas, flores e ovos doados por cerca de 120 produtores da região, além de plantas como os tradicionais bonsais. O setor de fungicultura também marca presença no festival com a exposição de shimeji, shitake, eryngui, enoki, kikurague, champignon, portobello, nameko e yamabushi – alguns estarão disponíveis para a compra.
“É uma área que preparamos sempre com muito carinho para que o visitante conheça a qualidade e a variedade dos produtos agrícolas da nossa região. É também uma maneira de valorizar o agricultor pela sua dedicação, comprometimento e persistência em manter o cultivo, pois existem muitos entraves em todo processo de produção, como questões climáticas e econômicas, que influenciam nas suas colheitas”, ressalta o presidente do Bunkyo de Mogi das Cruzes.
Ainda de acordo com ele, justamente para apoiar os produtores rurais, principalmente os que seguem o modelo de agricultura familiar, o Akimatsuri fechou uma parceria com o Sebrae, que tem orientado e acolhido esses produtores com o objetivo de ajudar a manterem a perenidade dos seus negócios.
“A agricultura familiar desempenha um papel importante para a produção de alimentos na nossa região, além de servir como uma base para outras atividades econômicas, como turismo rural na nossa cidade. E o Sebrae tem ajudado de maneira significativa neste processo, oferecendo capacitação aos produtores”, detalha Frank Tuda.
O Akimatsuri recebe financiamento da Lei de Incentivo à Cultura (LIC) da Prefeitura de Mogi das Cruzes e apoio de deputados com emendas parlamentares.
Visitantes podem comprar produtos agrícolas a preços especiais
Quem for ao 37º Festival de Outono Akimatsuri poderá voltar para casa com a sacola cheia de produtos hortifrutigranjeiros frescos e de qualidade. E o melhor, com preço de produtor.
Isso porque, nos quatro dias de festa dezenas de produtores agrícolas do Alto Tietê estarão comercializando diversos produtos a preços mais acessíveis. Nos estandes haverá frutas, verduras, legumes, ovos, flores, plantas e variedades da fungicultura.
“O melhor de tudo é que são produtos frescos e selecionados, os melhores da produção dos nossos agricultores”, diz Tuda.
Produtos agrícolas são doados para entidades sociais
Ao término do Akimatsuri, todos os produtos hortifrutigranjeiros expostos são doados para creches, asilos e outras entidades todos os alimentos usados na exposição do Pavilhão Agrícola. “É um compromisso que mantemos há anos”, frisa Frank Tuda.
Outra compartida social do evento é a doação de espaços para entidades.
Todos os anos, associações beneficentes e filantrópicas da cidade são convidadas para participarem, sem custo. Este ano, entre as que estarão presentes são a Creche Curumim de Jundiapeba, Ikoi-no-Sono e mais de 80 artesãos que fazem parte dos projetos da Secretaria Municipal da Cultura da Prefeitura de Mogi das Cruzes.