Espaço da Terceira Idade do Festival do Japão cuida da saúde física, mental, emocional e espiritual

Este ano, expectativa é atender um público estimado em 2 mil idosos e público de 10 mil pessoas (Foto: Arquivo / Aldo Shiguti)

 

O Espaço da Terceira Idade dentro do 23º Festival do Japão, que acontece nesta sexta, sábado e domingo (15, 16 e 17), no São Paulo Expo (zona Sul de São Paulo), terá novidades. Uma delas é o “Cantinho do Acolhimento”. “Esperamos poder acolher com carinho, até onde os protocolos de higiene permitirem, junto com o chá verde e cafezinho quentinhos. E também com uma oração de benção, se assim desejarem”, antecipa o coordenador voluntário William Maki Suzuki.

Segundo ele, a ideia é abrir uma oportunidade de conversar com os idosos. “A depressão e solidão tem sido uma das grandes consequências da pandemia, em especial pelo isolamento social. Com estas ações esperamos acolher bem os idosos, junto com os vários serviços, onde se destaca a massagem”, conta Maki, lembrando que todas as atividades são gratuitas para os visitantes acima de 60 anos.

Área que agrega ao Festival do Japão, um importante valor da cultura japonesa, que é o respeito ao idoso, o Espaço da Terceira Idade costumava atender, em média, mais de 3 mil idosos. No entanto, explica Maki, a estimativa de pessoas que circulavam pelo local, entre acompanhantes e interessados, era de 10 a 15 mil pessoas, “pois em muitas apresentações ficava um bom público participando do lado de fora do Campo de Apresentações”.

Espaço terá muitas atividades para a terceira idade

 

Este ano, com a pandemia, a expectativa é receber cerca de 2 mil idosos e público de 10 mil pessoas. A explicação é pelo fato de a área estar localizada próxima à Praça de Alimentaçãoo, onde a circulação de pessoas é maior.

Para o coordenador, a maior preocupação é receber bem todos os visitantes. “O cuidado com os idosos é um valor importante da cultura japonesa, e igualmente um ensino importante da Bíblia. Assim esperamos acolher calorosamente os nossos visitantes”, diz Maki, que é presidente na Igreja Evangélica Holiness de São José dos Campos.

Ele explica que, por medida de segurança para com a Covid, “este ano não teremos auditório para as palestras sobre saúde e cuidado para os idosos, cuidadores familiares e profissionais. Segundo ele, o número de estandes de serviço e orientação também sofreu alterações por conta do novo formato do Festival do Japão.
De acordo com Maki, a segurança do público, que no seu caso é formado majoritariamente por idosos, é prioridade. “Temos acompanhado a evolução dos casos de Covid com atenção. Infelizmente não chegamos ao ponto de controle completo, mas estamos esperançosos pelo efeito da vacinação e nas doses de reforço. Certamente as famílias estão cuidando dos seus idosos, e isso é muito bom e desejável”, diz, explicando que, além disso, “os nossos voluntários estarão de máscara e o álcool gel estará à disposição de todos”.

Saúde física e mental – “Em algumas atividades específicas estaremos usando luvas descartáveis. Estaremos recomendando os idosos a utilizarem as suas máscaras”, afirma. Lembrando que, “na nossa igreja temos tentado considerar a saúde física, junto com a saúde emocional e espiritual”.

Ginástica Kenko Taisso é uma das atrações confirmadas no Espaço da Terceira Idade

“Assim, consideramos que o Espaço da Terceira Idade pode contribuir com os protocolos de cuidados com a saúde física e ao mesmo tempo proporcionar um clima para a melhoria na saúde emocional e espiritual. Também estamos levando em conta que os idosos são a parcela da população proporcionalmente mais vacinada e com mais doses de reforço”, destaca Maki.
(Aldo Shiguti)

PROGRAMAÇÃO – ATIVIDADES DE CAMPO – ESPAÇO TERCEIRA IDADE

SEXTA-FEIRA – 15/07
13h00~13h30 – Rizumu Taiso – Profª Itida
13h30~14h00 – Dança Típica: AEC Okinawa – Ipiranga – Jane Arakaki
14h00~14h30 – Kenko Taiso: Associação Kenko Taisso do Brasil – Profª Kawazoe
14h30~15h00 – À confirmar – À confirmar
15h00~15h30 – À confirmar – À confirmar
15h30~16h00 – Dança Típica: AEC Okinawa – V. Alpina – Tereza Miyashiro
16h30~17h00 – Oshibana Art – Profª Mirian Tatsumi
17h10~17h40 – Shogi – James sensei
17h50~18h20 – Arte do Mangá – Escola de Mangá Japan Sunset
18h30~19h00 – Orinuno – Thais Kato
19h10~19h40 – Orinuno – Thais Kato

SÁBADO – 16/07
10h30~11h00 – Radio Taiso: Federação de Radio Taissô do Brasil – Jorge Kinoshita
11h00~11h30 – Dança Sênior: AEC Okinawa – V. Carrão – Vera Inomata
11h30~12h00 – Dança Sênio: NCI Castelinho Dom Bosco – Eduardo Campos Rodrigues
12h00~12h30 – Dança Circular – Espaço Akatombo – Sonia Yamashita Lima
12h30~13h00 – Dança Circular – Espaço Akatombo – Sonia Yamashita Lima
13h00~13h30 – Dança Sênior: NCI Espaço Aberto – Jd. Miriam – Eduardo Campos Rodrigues
13h30~14h00 – Kenko Taiso: Associação Kenko Taisso do Brasil – Profª Toshie Kawazoe
14h00~14h30 – Dança Típica: AEC OKINAWA – Santa Clara – Toshiyuki Yamauchi
14h30~15h00 – Rizumu Taiso – Acal – Profª Itida
15h00~15h30 – A dança das dobras do Origami – Profª Mari Kanegai, At. Liana Y. S., Lúcia K.
15h40~16h10 – Oshibana Art – Profª Mirian Tatsumi
16h20~16h50 – Shogi – Prof. James
17h00~18h00 – Hipnose Show – Porta da Mente – Hipnoterapeuta Renan Moura
18h10~19h50 – Arte do Mangá – Escola de Mangá Japan Sunset
20h00~20h30 – Katura – Prof. Rafael

DOMINGO – 17/07
11h00~11h30 – Rizumu Taiso – Acal – Profª Itida
11h30~12h00 – Dança Sênior – ABP – Erica Tardeli
12h00~12h30 – Kenko Taiso: Associação Kenko Taisso do Brasil – Profª Toshie Kawazoe
12h30~13h00 – À confirmar – À confirmar
13h00~13h30 – À confirmar – À confirmar
13h30~14h00 – Rizumu Taiso – Acal – Profª Itida
14h00~14h30 – Dança Típica: AEC Okinawa – Santa Clara – Toshiyuki Yamauchi
14h30~15h00 – Kenko Taiso: Associação Kenko Taisso do Brasil – Profª Toshie Kawazoe
15h00~15h30 – FanArt – Prof. Fábio M. e s. Bernô – Escola Japan Sunset
15h40~16h10 – Estes tais Youkais – Sabrina P. e s. Yunyan – Escola Japan Sunset
16h20~16h50 – Shogi – Prof. James
17h00~17h30 – A Força Jovem Nikkey – Comissão de Jovens Bunkyo
Sujeito a alteração sem aviso prévio – Coordenação Geral Wm. Maki Suzuki

 

Área das Crianças do FJ têm atividades gratuitas também para adultos

 

Campeonato de hashi é uma das atrações da Área das Crianças

 

Engana-se quem imagina que a Área das Crianças do 23º Festival do Japão, que acontece nesta sexta, sábado e domingo (15, 16 e 17), no São Paulo Expo (zona Sul de São Paulo), é voltada apenas para o público infantil.

O espaço oferece também atividades para que os pais – ou responsáveis – possam participar. A informação é do coordenador Milton Nakabayashi. De kendama (bilboquê japonês) à competição de hashi (para ver quem pega mais feijão em menos tempo), passando por atividades ligadas ao movimento escoteiro, a ideia é promover interação entre crianças e adultos.

Este ano, as mudanças ocasionadas pela readequação de espaços do Festival do Japão – e também por conta da pandemia – algumas atrações foram suspensas, como o oniguiri. Outras, porém, consideradas, “parte do coração da área” foram mantidas, como o espaço dedicado aos grupos de escotismo e as atividades com origami e pintura.

Ideia é promover interação entre crianças e adultos

 

Desde que assumiu a coordenação da área, quando o Festival do Japão ainda era realizado na marquise do Ibirapuera (zona Sul de São Paulo), Nakabayashi conta que o espaço cresceu muito, passando de cerca dos 30 metros2 iniciais para aproximadamente 900 m2 em 2019 – este ano será praticamente metade.

Não foi só o tamanho que mudou. O conceito também. Através de uma pesquisa feita nos primeiros anos para descobrir o perfil das crianças que frequentavam a área, constatou-se que a maioria delas, mesmo as descendentes de japoneses, não tinham conhecimento da cultura japonesa.

“Acredito que, de lá para cá essa situação não mudou muito”, diz Nakabayashi, acrescentando que “esse conhecimento está se pulverizando cada vez mais”.

“É preciso, então, conversar com as crianças como se elas não entendessem japonês”, conta, explicando que também os pais acabam (re)descobrindo o prazer de determinadas brincadeiras.

Grupo Escoteiro em ação no Festival

Com o passar dos anos, a Área das Crianças foi agregando também novos parceiros, como algumas ONGs, que acabam participando como consultoras, e instituições como a BSGI e o Colégio Pioneiro, além dos grupos de escoteiros – atualmente são 14.

Para este ano, Milton Nakabayashi conta que a expectativa é grande pela volta do evento presencial. “Pelo que estamos vendo com o retorno de eventos similares, estamos bastante otimistas. Foi uma aposta que a Kenren fez”, destaca.

 

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