Hiroshi Hara se despede e Tetsuya Inoue assume como novo diretor-presidente

Tetsuya Inoue, Renato Ishikawa, Hiroshi Hara e Roberto Nishio (sentados), com diretores do Bunkyo em despedida de Hara

 

Em uma jornada marcada por emoção e perspectivas futuras, Hiroshi Hara e seu sucessor, Tetsuya Inoue, da Japan External Trade Organization (Jetro), prestigiaram a Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social (Bunkyo) na última segunda-feira (27), seguida de uma visita ao Jornal Nippon Já e Diário Brasil Nippou, no dia 28.

No Bunkyo, a atmosfera foi de reverência e celebração, com uma cerimônia especial de despedida para Hara e calorosas boas-vindas a Inoue. O presidente Renato Ishikawa do Bunkyo compartilhou suas impressões dos três anos e um mês de serviço de Hara no Brasil. “Suas iniciativas, como o incentivo a startups, fizeram a diferença na relação comercial Brasil-Japão”, disse Ishikawa e uma salva de palmas ecoou em reconhecimento às contribuições de Hara.

O primeiro vice-presidente do Bunkyo, Roberto Yoshihiro Nishio, reconheceu a participação ativa do Hara em eventos nipo-brasileiros como “quebra de paradigmas”, considerando que até então a Jetro tinha um envolvimento apenas comercial com a comunidade, através da interação com a Câmara de Comércio e Indústria Japonesa do Brasil, atuando também no âmbito cultural.

Hara expressou sua gratidão pela acolhida e ressaltou a importância da preservação do legado dos pioneiros imigrantes japoneses no Brasil. Destacou a necessidade contínua de intercâmbio comercial entre Brasil e Japão e pediu apoio contínuo do Bunkyo à Jetro.

O encontro no Bunkyo encerrou-se com um brinde de boas-vindas a Inoue e votos de sucesso a Hara, enquanto os presentes compartilhavam memórias.

No dia seguinte, Hara e Inoue visitaram o Jornal, onde Hara fez uma breve retrospectiva de sua última estadia no Brasil (tendo outras passagens pelo país nos anos anteriores). “Acho que a cidade de São Paulo tem um poder especial de atrair as pessoas”, comentou ele, mencionando os eventos como o carnaval, as corridas de Fórmula 1 e os inúmeros eventos musicais.

Especificamente sobre o bairro da Liberdade, ele recordou de como ficou surpreso ao ver a Rua Thomaz Gonzaga cheia em um fim de semana com pessoas na fila de espera dos restaurantes orientais. “Acredito que o São Paulo, o Brasil, sempre terá esse interesse pelo Japão”, disse Hara compartilhando sua perspectiva.

Sobre a visita do primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, ao Brasil prevista para o ano que vem, Hara considera como uma grande oportunidade para estreitar ainda mais a relação entre Brasil e Japão. “É uma pena que estou deixando o Brasil agora, mas estou tranquilo de deixar o cargo de diretor-presidente para o Inoue, especialista em Brasil, está em boas mãos”, comentou confiante.

Metas – O seu sucessor Inoue já atuou na província de Osaka no Japão oferecendo suporte a empresas japonesas no mercado internacional e buscando investimentos de países estrangeiros para empresas da província. Conta que, durante a sua atuação em Osaka, notou que a burocracia, como a tradução de rótulo dos produtos, por exemplo, é um dos principais fatores que dificultam a exportação de produtos japoneses para o Brasil. Antes do seu trabalho em Osaka, Inoue já esteve no Brasil em diferentes cidades e estados.

Como meta para a sua gestão, Inoue busca manter e fortalecer os laços entre Brasil e Japão, tanto comercial quanto culturalmente. Em sua quarta visita ao Brasil, expressou alegria, dizendo “estou me sentido em casa”.

(Lika Shiroma)

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