Éika Tamura – Vai ter guerra?

Tenho acompanhado as notícias sobre a Rússia e a Ucrânia, e logo me vem à cabeça: vai ter guerra?

E aí, entra em cena a Erika filósofa e começo a colocar em questionamento várias atitudes  dos seres humanos, considerados racionais.

Talvez esse seja o problema da questão, o ser humano ser racional, talvez se fosse um pouco mais passional, teríamos as soluções de alguns problemas, será?

Logo que se pensa em guerra, o que vem de mais imediato é pensar na causa, por quê? Por qual razão as pessoas entram em conflito, por dinheiro, ganância, poder…?? Seja lá qual for o motivo nada justifica, para mim, não faz sentido, ainda mais agora que, depois que a minha filha faleceu, percebi que não importa dinheiro, não importa poder, não importa status, nada disso importa quando morremos. O que fica é a saudade, o legado, o amor, e as boas lembranças. Imagine que triste, depois da sua morte, ser lembrado como uma pessoa que quis resolver os problemas com uma guerra?

Conheço pessoas com um poder aquisitivo alto, mas que nada valem, pois não irão deixar nem a saudade neste mundo, depois que morrer. É aquela frase: “era tão pobre, mas tão pobre que a única coisa que tinha era o dinheiro”. (quando tem, pois têm pessoas que nem isso têm…)

O Japão estava constitucionalmente proibido de participar de qualquer guerra, salvo exceção se fosse em defesa do seu povo, quando fosse atacado. Mas isso foi mudado, agora é permitido a participação em guerras, e isso se torna uma ideia temerária para quem mora no Japão, ainda mais com a Coreia do Norte e a China provocando conflitos a todo momento. Posso dizer que de guerra o japonês entende, mais do que nós brasileiros.

Sinceramente, acho tão desnecessária a ideia de guerra… Mas se pararmos para pensar, já vivemos uma guerra. Nada me tira da cabeça que a pandemia é uma guerra biológica, basta olhar as consequências e os estragos.

Estamos tementes a um vírus, segregando povos e fronteiras, economicamente abalados, psicologicamente arrasados, muitas mortes, muitos enfermos, cada dia mais gananciosos, egoístas, num mundo desigual. Será que ninguém percebeu o que a pandemia está querendo dizer?

A pandemia, no seu lastro de consequências, traz com ela a mensagem de que se não houver a união dos povos, não haverá cessão da pandemia. Se não houver compaixão, as mortes continuarão, se não houver empatia, solidariedade e valorização dos princípios humanitários, a pandemia ainda fará mais vítimas.

Enquanto a ganância, o egoísmo, o egocentrismo e a maldade ainda estiver em primeiro plano e encabeçando líderes de nações, não haverá vacina e ciência capaz de determinar a cura do ser humano que se diz racional.

Para mim, nessa minha nova fase, onde tudo perdeu o sentido, eu ainda não me encontrei, e nem sei mais o que quero como objetivo de vida, mas tenho a absoluta certeza do que eu não quero na minha vida. E tenho a convicção que estou no caminho certo da minha evolução como ser humano, quem quiser me acompanhar, esteja a vontade.

Como disse no início, entrou em cena a Erika filósofa, estou como Sócrates: “Só sei que nada sei!”.

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