“É necessário que nossa comunidade tenha uma participação efetiva em SP”, diz Coronel Américo

Coronel Américo, acompanhado do apoiador coronel Kiyono, acredita e defende valores tradicionais

 

Sustentado pelo slogan: “Deus, pátria, família e liberdade” – mesmo lema usado pelo presidente Jair Bolsonaro em sua campanha à reeleição – o Coronel Américo Massaki Higuti, candidato a deputado estadual pelo PL, quer mostrar que “a comunidade nikkei tem um candidato da base de apoio político ao governo federal”.

Paulistano – cresceu no Jardim Penha, casou-se com Maria Cláudia, morou no tradicional bairro da Mooca e reside atualmente na cidade de Bragança Paulista – Coronel Américo é oficial da Polícia Militar desde 1984, quando ingressou na Academia de Polícia Militar de Barro Branco, aos 16 anos de idade. É graduado em outros dois cursos, Educação Física e Direito, além de diversas especializações (quase 30), mestrado e doutorado com ênfase na segurança pública.

Filho de Mamour Higuti e Yasuko Kubo (in memorian) – o pai, oficial da PM, foi do exército brasileiro da arma da Artilharia – tem mais quatro irmãs e participou da associação Três Coroas até os 16 anos de idade. Fez judô, nihongaku e atletismo. Por conta da carreira militar, acabou se afastando das atividades da comunidade.

Já foi candidato a vice-prefeito em Bragança Paulista – ficou em segundo em Bragança – e  dirigente partidário do PSL – coordenou a campanha do presidente do Bolsonaro no interior e foi uma das lideranças do Aliança pelo Brasil, movimento por Bolsonaro para tentar organizar seu partido político. Contam aliás, que conhece o presidente desde que eram capitães.

Candidato a deputado estadual pelo PL disse que, “quando se trata de pessoas”, defende bandeiras como o emprego e infraestrutura. Conta que, para alavancar o emprego no Estado de São Paulo, uma das ferramentas é a infraestrutura. “São Paulo precisa de um aporte de infraestrutura logística, de transporte ferroviário (cargas e pessoas); a questão da ampliação da rede energética para garantir a ampliação dos parques industriais; a questão da água, que ficou parada (não tivemos investimentos) tivemos uma crise hídrica em 2006; enfim, toda a infraestrutura para dar o aporte para que São Paulo possa desenvolver”.

 

Reforma tributária – Segundo ele, para garantir o desenvolvimento é preciso de uma reforma tributária com ênfase na redução dos tributos. “São Paulo perdeu muitas oportunidades para Minas Gerais, Paraná e Mato Grosso porque São Paulo passou o aumento tributário nesse último governo e não foi competitivo em termos de cargas tributárias”, diz, afirmando que “a ideia é dar uma base politica para o próximo governo para que possamos dar andamento à reforma tributária”.

Ainda com relação às pessoas, explica que é importante capacitar pessoas com a ampliação dos já existentes parques e institutos de unidades de ensino técnico cientifico com ênfase nas ETCs e nas Fatecs, além de uma parceria forte com o Sebrae, Senai e Senac.

“Precisamos também de uma ampliação muito forte nos campos da pesquisa e desenvolvimento, a exemplo de Campinas. Com um aporte do governo federal, por exemplo, na questão do nióbio, aproveitando os materiais que o Brasil é rico para que possamos desenvolver a capacitação técnica e produtos já no Brasil.  Isso gera empregos com pessoas altamente qualificadas e ensino técnico cientifico adequado a economia local”.

Presidente licenciado da Associação Beneficente Pró-Saúde Policial Militar do Estado de São Paulo (Pró-PM) e ex-diretor da Cruz Azul de São Paulo, Coronel Américo conta que conhece as dificuldades da população no que se refere à assistência à saúde, “tanto a população de um modo geral como os servidores públicos”. “Um de nossos compromissos é ampliar o serviço do Hospital da PM, o serviço destinado ao Iamspe (Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual) e, principalmente em relação à população”, conta, afirmando que já assumiu compromissos com alguns setores, como o autismo.

Na área de segurança pública, pretende apoiar a polícia para uma sociedade segura e livre do crime através da valorização desses profissionais e lutar pelo aumento do salário dos policiais, segundo ele, “defasado nos últimos governos do PSDB”. Defende também a imediata aplicação do termo circunstanciado pela Polícia Militar para evitar perda de tempo em delegacias para fins de registro de crimes de pequeno potencial ofensivo e pretende trabalhar na prevenção, fiscalização, repressão e redução do crime.

Na educação, apoia o programa das escolas cívico-militares do governo federal e, em relação à comunidade, pretende incentivar a cultura além de fortalecer e incentivar manifestações de cunho cultural e das tradições da população paulista, que inclui a imigração japonesa entre elas.

A favor da integração cultural entre Brasil e o Japão, conta que é “necessário que a comunidade tenha uma participação efetiva”. “Quero representar a comunidade para vque a comunidade tenha, de fato, um representante de verdade, e aproximando a questão do intercâmbio cultural”, destaca, lembrando que a PM do Estado de SP possui um trabalho “muito grande e valioso com o governo do Japão, através da Jica, que faz um trabalho importante na corporação através do programa de polícia comunitária, potencializando o Koban.

 

Referência  – “O Koban é referência na melhoria e exportou esse conhecimento para os demais estados, inclusive para outros países da América Latina, que passaram a adotar o modelo de policiamento comunitário adotado no Brasil com base nos conceitos e ensinamentos da polícia japonesa. Até hoje nos temos um estreitamento muito forte da PM com o governo do Japão por intermédio da Jica”, explica, afirmando que pretende ampliar esse intercâmbio com o Japão também para outras áreas, como na educação.

“O Japão é uma referência em termos de organização, disciplina e civismo e nós queremos que esse intercâmbio com o Japão traga conhecimentos tanto para professores como para alunos, para que possamos ter oportunidade de aprender um pouco mais sobre esse senso de coletividade para que todos saibam a importância que uma escola organizada e uma escola limpa não cabe apenas aos profissionais da limpeza, mas é uma responsabilidade de todos, pais, professores e alunos”.

“E é essa percepção que tanto o governo como a população japonesa tem muito acentuada. Então, quero trabalhar esse grau de civilidade alcançado pelo Japão para que essas partes positivas do Japão possam trazer uma experiencia positiva no Brasil”, finaliza Coronel Américo.

 

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