Em sua primeira eleição, Laura Kamia diz que está otimista e “muito confiante na vitória”

Laura Kamia segue tradição familiar e disputará primeira eleição neste ano

 

Laura Kamia ainda lembra com exatidão o dia e até a hora em que Gilberto Kassab, o fundador do Partido Social Democrata (PSD), a procurou convidando-a lançar sua candidatura a deputada estadual. “Foi às 15 horas do dia 30 de dezembro”, conta Laura, já às vésperas de sua primeira eleição. Daquele dia até hoje, muitas coisas mudaram. Exceto a sua confiança, que permanece inabalável.

Até assinar a ficha de filiação, segundo Laura, “estava tudo na brincadeira”. “Meu medo era chegar no momento certo e eu não ter tido preparo nenhum. Alguma coisa dizia para eu ir treinando e comecei a fazer vídeos, intensificando minhas relações. E assim fui me preparando”, diz a agora candidata, lembrando que a experiência do marido, o ex-vereador por seis mandatos e ex-deputado federal Ushitaro Kamia, tem sido fundamental em sua jornada.

“Ele [Kamia] me disse. Agora é a sua vez de sair candidata e nós vamos fazer campanha para você. Aquele momento me deu um frio na barriga. E me lembrei daquele pessoal que estava pedindo para sair lá atrás, quando o Kamia não com seguiu se eleger na última eleição. Resolvi que não deveria me acovardar pois são pessoas que estão acreditando no meu potencial e estão torcendo por mim”, justifica Laura, acrescentando que, no dia seguinte do início da propaganda eleitoral, no dia 16 de agosto, foi visitar sua terra natal, Guaraçaí, no interior de São Paulo – aproveitou para percorre também as cidades vizinhas de Aliança, Pereira Barreto, Andradina e Murutinga.

Casada há 28 anos com Kamia e há 30 acompanhando sua carreira política, Laura explica que não está, como se costuma dizer, “caindo de paraquedas”. “Crua, crua eu não estou começando porque já conheço bem esse trâmite. Até porque coordenei sozinha a última campanha do Kamia para vereança”, disse Laura, afirmando que o marido a deixou trabalhando sozinha durante seis meses. “Dei os primeiros passos e quando ele viu que a campanha já estava mais ou menos formata, começou a entrar comigo, a dar ideias, dicas, conselhos… E assim está envolvendo até hoje”, explica, destacando que a bagagem do marido “é muito grande”.

“A diferença para quando eu coordenava as campanhas dele é que agora estou na linha de frente. Estou dando a minha cara a tapa. Antes, o Paulinho Ogata – que estava desde o início com o Kamia e hoje está fazendo muito falta – e eu preparávamos tudo para que ele tivesse a visibilidade. Hoje eu estou ali para ter a visibilidade”, conta Laura, que pretende atuar, principalmente, nas áreas da saúde e do agronegócio.
“Pretendo me dedicar, principalmente, à doenças raras, uma luta que teve início com o Kamia. Quando ele era vereador, veio até nós um pessoal da Abem – Associação Brasileira de Esclerose Múltipla – pedindo um auxilio. Daí o Gabinete fez uma pesquisa sobre doenças raras e descobrimos que no mundo inteiro existem 8 mil tipos de doenças raras e síndromes, sendo 4 mil delas no Brasil, ou seja, a metade dessas doenças no Brasil. Percebemos que essa classe de doenças raras estava invisível porque nem o SUS (Sistema Único de Saúde) nem o convênio podiam atender porque não tinha o número do CID (Código Internacional de Doenças). Além disso, o conhecimento entre a classe médica era muito pequena. Começamos a reunir as associações das doenças raras e síndromes onde percebeu-se que uma não dialogava com a outra. Então, criamos uma central que se chama Associação de Doenças Raras e esta associação dialoga com todas as outras”, explica, afirmando que a luta de Kamia não passou despercebida. Tanto que, em 2016, o ex-vereador foi homenageado na terceira Edição do Prêmio Gente Rara durante o evento “O Cenário das Doenças Raras no Brasil” por seu destaque na luta pelos direitos dos pacientes com Doenças Raras.

Da época dos “três ‘S’” – sola de sapato, suor e saliva – Laura conta que também pretende atuar em defesa da criança autista. Para isso, quer implementar a figura de um profissional nas escolas para que se faça um diagnóstico precoce. Também está em seus planos criar um hospital focado no autismo, com especializações e tratamentos.

E, como nasceu e foi criada no interior, “em meio à terra de produção e sabe as dificuldades enfrentadas pelo homem do campo, destaca que é preciso valorizar os produtores porque movimenta uma nação.
Para ela, trabalho não é problema. “Se tiver que trabalhar 24 horas, vou trabalhar 24 horas por dia. Sem atropelar ninguém, em um trabalho transparente. A primeira coisa que falei para o partido é que quero seguir a cartilha do partido e trabalhar com transparência. Estou sendo muito sincera com as pessoas e isso agrada”, concluiu Laura.

(Aldo Shiguti)

 

 

Deixe uma resposta