Erika Tamura – A desvalorização do yen


No começo de abril, escrevi um artigo relacionado à este mesmo tema. Pois depois de 20 anos, era a primeira vez que o yen estava tão desvalorizado.

Fui criticada, me chamaram de “dramática” por trazer uma problemática tão irrisória e tão provisória.
Pois então, faço questão de voltar aqui, no mês de junho de 2022, para dizer que a situação “provisória e dramática” ainda persiste. E com o passar do tempo, só tem piorado.

O banco do Japão, informa que com a queda do yen frente ao dólar, levou o ministério das finanças a emitir uma nota, relatando sobre a preocupação em relação ao cenário econômico japonês.

Segundo o banco, o movimento do iene e dos títulos públicos japoneses estão pressionando as autoridades monetárias a responder. “Uma intervenção cambial é possível mas não acreditamos que tenha resultados efetivos”, diz o relatório.

O presidente do banco central japonês, Kuroda Haruriko, explanou sobre a forte queda da moeda japonesa e ressaltou que tudo isso é péssimo para economia do Japão. A última vez que o Ministério das Finanças do Japão interviu na contenção da desvalorização da moeda, foi em 1997 e 1998. Foi um gasto extraordinário, com resultados não tão satisfatórios assim.

Para as pessoas que acham que o mundo político/econômico é algo distante da realidade, e que por não conhecerem o assunto acham que isso não os afetará em nada, lamento dizer que afetará sim! Aliás, já está afetando: o custo de vida mais alto e a diminuição do poder de compra é um reflexo direto do cenário atual.

Não dá para ser isento dos acontecimentos atuais, o que eu posso dizer com toda a certeza é que o governo japonês tenta a todo custo minimizar os impactos econômicos negativos na nação, e isso faz com que o Japão seja um dos países com a maior dívida interna no mundo.

A estabilidade econômica do Japão pode ter um alicerce forte, mas isso não impede de balançar de vez em quando.

Vamos aguardar as decisões econômicas do Japão e acreditar que a desvalorização da moeda frente ao dólar, seja algo passageiro e quem sabe propiciamente positivo para o cenário econômico global.

 

 

Deixe uma resposta