Festa das Cerejeiras inova em espaços e reúne grande público no Parque do Carmo

Tradição na comunidade e aguardada na região de Itaquera, na zona leste de São Paulo, a “Festa das Cerejeiras” no Parque no Carmo retomou o modelo presencial no último final de semana, depois de dois anos suspenso por causa da pandemia. E a volta não poderia ser melhor, pois nem mesmo o tempo frio e a fina garoa foram empecilhos para a multidão que visitou o local – interessados em vivenciar o “hanami” (tradição de apreciar e contemplar as flores das cerejeiras).

Presente no calendário dos grandes eventos nikkeis desde 1981, a festa é organizada pela Federação de Sakura e Ipê do Brasil, com apoio da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente da prefeitura. E, neste ano, contou com algumas surpresas para os visitantes.

Tanabata – A primeira delas foi a expansão do local em que o público pôde contemplar as floradas. Se antes era apenas um bosque, neste ano foram três, repletos de pés de cerejeiras floridas à espera dos visitantes, totalizando assim quatro mil árvores. Além disso, a junção de forças com outra entidade – a Associação Comercial e Assistencial da Liberdade (Acal) – trouxe ainda mais cores ao evento, com direito a enfeites do Tanabata Matsuri e a possibilidade do público fazer um pedido “aos deuses” através dos tanzakus.

Na abertura do evento, o presidente da Federação, Pedro Yano, agradeceu a presença maciça das pessoas, destacando a união dos voluntários e colaboradores para o retorno exitoso do evento. “Não tenho como agradecer a todos os esforços de voluntários, entidades e associações que dedicaram seu tempo e trabalho em prol desta festa. Ficamos cerca de um ano planejando e colocando em prática as ações. Hoje, comemoramos este retorno em grande estilo”, explicou.

Com uma expectativa alta, o presidente da comissão organizadora da Festa, Satiro Shimizu, enalteceu a mobilização de todos em prol do evento. “Comemoramos o sucesso junto a todos vocês (do público). Agradeço intensamente o trabalho da comissão e o apoio de autoridades e órgão público”, ressaltou Shimizu.

Dividido em três espaços (bosques, praça de alimentação e palco com apresentações artísticas), o evento agradou tanto pela qualidade dos artistas que subiram ao palco, quanto pela variedade gastronômica ofertada pelos estandes. Era possível, por exemplo, experimentar desde o tempurá, passando pelo okonomiyaki, e chegando até aos já saborosos espetinhos. Já para animar o público, danças tradicionais (kassa odori, dança circular e senior) dividiram a atenção com cantores como Ricardo Nakase, Debora Iha e Diogo Miyahara. Para espantar o frio, grupos de taissô convidavam o público a se movimentarem.

Prestígio – Durante a abertura, o evento contou com a participação de autoridades e personalidades que apoiaram o evento. Marcaram presença os vereadores Aurélio Nomura, George Hato, Gilson Barreto e Rodrigo Goulart; a Cônsul-Geral Adjunta em São Paulo, Chiho Komuro; os ex-deputados federais Keiko Ota e Walter Ihoshi; o representante-chefe do Escritório da JICA Brasil, Masayuki Eguchi; a delegada Raquel Kobashi Gallinati; o presidente do Instituto Paulo Kobayashi, Victor Kobayashi; dentre outros.