Jovens do Instituto Niten promovem ação solidária para Kodomo-no-Sono

Como acontece desde que foi fundado, em 2012, o Hayabusa (Grupo de Jovens do Instituto Niten), participou, no final do ano passado, de mais uma ação solidária. Desta vez a instituição escolhida foi a Associação Pró-Excepcionais Kodomo-no-Sono, entidade sem fins lucrativos voltada à assistência e amparo às pessoas com necessidades especiais.

Segundo o presidente do Hayabusa, Lucas Asato, de 20 anos, o objetivo principal da ação é colocar em prática o quarto voto do Hagakure – obra do século XVIII que compila comentários de  Tsunetomo Yamamoto, um samurai, monge budista e filósofo japonês que viveu entre 1659 e 1719 – “ manifestar grande compaixão e agir em prol da humanidade” – os outros três votos são: 1) Jamais ser surpreendido no caminho samurai; 2) Sempre ser útil ao mestre e; 3) Ser um bom filho para os pais.

“Trata-se de uma das virtudes mais nobres dos samurais e que o Sensei Jorge Kishikawa sempre faz questão de ressaltar”, diz o vice-presidente do Hayabusa, Luiz Tamaki, de 28 anos, referindo -se ao fundador do Niten e idealizador do Método KIR (Ken Intensive Recuperation), que visa a recuperação do ser humano através da espada.

De acordo com Lucas e Luiz, a ação teve início um mês antes, com a arrecadação dos materiais, já previamente acertado coma direção da Kodomo que seriam produtos de higiene de limpeza. Foram arrecadados álcool gel, sabonetes, shampoos e fraldas geriátricas, entre outros.

Inicialmente, o grupo, formado por 13 pessoas, foi dvidido em duas turmas e a entrega aconteceu depois do treino semanal de todos os sábados. Na sede da Kodomo-no-Sono, em Itaquera (zona Leste de São Paulo), os Hayabusas foram recepcionados pelas coordenadoras Celina, Harumi e Maria Keiko, que mostraram um pouco sobre o trabalho desenvolvido pela instituição, que assiste mais de 70 pessoas, entre homens e mulheres, na faixa etária de 25 a 74 anos.

Desde a fundação, a Kodomo-no-Sono é mantida por pessoas físicas e jurídicas por meio de contribuições mensais, por recursos auferidos em eventos beneficentes e doações esporádicas, como essa do Niten.

Segundo Tamaki, foi a segunda vez que a Kodomo recebeu a doação, que já beneficiou outras instituições  como a Assistência Social Dom José Gaspar “Ikoi-no-Sono”, Associação Comunitária Pequeno Príncipe e Cruz Vernelha, entre outras. “Mas foi a primeira vez que estivemos lá”, conta Lucas Asato, que lamenta não ter podido ter contato com os residentes por conta da pandemia.

“É muito gratificante estar lá e poder levar a espada que dá a vida”, diz Asato, lembrando que “descobriu” o Niten através do anime. “Comecei a procurar na Internet e fiquei sabendo sobre o Niten. Lá, aprendi coisas que não se aprende na escola, como falar em público, trabalhar em equipe e os valores da cultura japonesa”.

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