Província de Ibaraki quer ampliar comércio com o Brasil

Maguro yamakake com natto parintou sabor wasabi com Shibanuma Koikuchi shoyu da chef Telma

Localizada na região metropolitana de Tóquio, o centro econômico do Japão e conhecida por suas belezas naturais –  além de ser a maior produtora de cerveja e melão japonês do país – a província de Ibaraki, que já mantém fortes laços de amizade com a comunidade nikkei graças ao trabalho de intercâmbio realizado pela Associação Centro Social Ibaraki do Brasil, quer se aproximar também da população brasileira, que talvez conheça a região por ser a terra do Kashima Antlers, time onde atuou o brasileiro Zico, ex-camisa 10 da seleção brasileira e Flamengo.

Famosa também por suas muitas ameixeiras e o Festival das Ameixeiras, a província pretende implementar um projeto de promoção das exportações e a ampliação do canal comercial através de criação de oportunidades de negócio e de atividades de divulgação dos produtos da província junto a restaurantes e outros potenciais clientes no Brasil.

Chef Telma Shiraishi elaborou algumas receitas com produtos da província de Ibaraki

Foi pensando nisso que, no dia 3 deste mês, a filial brasileira da Chuo Kaihatsu Corporation (CKC) – empresa de consultoria internacional com sede em Tóquio e encarregada de fazer a representação comercial das empresas da província e dar suporte nas negociações – reuniu um grupo de empresários, chefs de cozinha e jornalistas para degustar algumas receitas elaboradas pela chef Telma  Shiraishi, do Restaurante Aizmê, nomeada pelo governo japonês embaixadora da Difusão da Culinária Japonesa no Brasil, com os produtos da Província de Ibaraki.

Chá Sashima chá verde da primeira marca a exportar chá japonês

A maioria dos produtos apresentados são processados (ingredientes para culinária) e voltados ao comércio. Na lista, produtos como o arroz Ubaramai (cultivado com baixíssimo uso de agrotóxicos); chá Sashima (chá de sabor suave praticamente sem adstringência); natto liofilizado feito do bacilo Mamenoka (que segura a viscosidade e o odor característicos do natto) e shoyu preparado em barril de madeira pelo fabricante com mais de 330 anos de tradição; além de salgadinhos de natto; as famosas ameixas de Ibaraki; leite de amêndoa integral e o Ichigouri (morangos ultracongelados).

Do Japão, participaram do encontro o representante do governo de Ibaraki, Fumitaka Tosaka, e o representante da CKC de Tóquio, Daisuke  Kobayashi, que teve oportunidade de morar em São Paulo, Brasília e Rio Grande do Norte.

Boom – Segundo ele, as importações de produtos made in Japan se intensificaram no pós-guerra e se espalharam pelo país depois de um “boom” global do sushi, da influência do bairro da Liberdade – hoje reduto das comunidades asiáticas no Brasil – e dos famosos matsuris (festivais japoneses), além da divulgação através da mídia e de celebridades.

Mais recentemente, conta, veio o ramen e o “fenômeno” dos izakayas (botecos japoneses). “Quando olhamos para o futuro, pensamos que a chave será os ingredientes de cada região e província”, disse Kobayashi, lembrando que o Japão é formado por 47 províncias, “cada uma com seus próprios e ricos produtos agrícolas, florestais e marinhos”. “Entretanto, todos eles estão enfrentando um mercado em retração devido ao declínio e envelhecimento da população. Exportar para os mercados estrangeiros está se tornando um desafio. Em resposta, cada província está tentando encontrar uma maneira de comercializar seus produtos no exterior”, destacou Kobayashi, acrescentando que, “nesse contexto, a província de Ibaraki também está promovendo ativamente seus produtos no exterior”.

Em primeiro lugar, conta, para os países asiáticos próximos ao Japão e para os países ocidentais “familiares”.  Na América do Sul, o Brasil chama a atenção por sua história de mais de 60 anos de intercâmbio de imigrantes e dos kenjinkais. “Embora o mercado brasileiro ainda seja desconhecido para os produtores de Ibaraki, a província escolheu o país como um destinos para expandir seus canais de vendas”, explicou Kobayashi.

 

Leite de amêndoa integral sabor rico e diferenciado

Sorvete com natto – Se depender da opinião dos participantes do encontro, alguns produtos podem facilmente fazer parte do dia a dia dos brasileiros, como o natto liofilizado, que a chef Telma Shiraishi utilizou no preparo da sobremesa de sorvete com natto (grãos de natto liofilizado Higeta caramelizados com sorvete de baunilha) ou do chá e umeboshi, usados para o preparo do soba com shiso de Kairakuen.

Natto liofilizado novidade que pode inspirar várias receitas

Fumitaka Tosaka disse que os produtos apresentados, um total de dez, é apenas uma seleção dos alimentos que podem ser oferecidos. Segundo Kobayashi, apesar das barreiras enfrentadas, como a distância e os altos custos para a sua importação. o próximo passo é estudar uma estratégia para promover os produtos no Brasil.

Serviço

Os contatos para mais informações sobre os produtos de Ibaraki podem ser feitos diretamente com a CKC Brasil:

Rua Castro Alves, 527, Aclimação, São Paulo, SP

Tel. 11-3208-9610 (Responsável: Sra. Honda/ Sr. Ino)

Email: izumi@ckcbrasil.com.br/ shin@ckcbrasil.com.br

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